A E3 (Electronic Entertainment Expo), o maior evento de jogos eletrônicos do mundo, foi cenário de um dos maiores acontecimentos da indústria de videogames em 2018: o seu aparatoso crash. A E3 2018, realizada nos dias 12 a 14 de junho, surpreendeu fãs, mídia especializada e empresas ao promover um evento desastroso que deixou marcas profundas na indústria e na reputação da E3 como um todo. Neste artigo, vamos refletir sobre os fatores que levaram a E3 ao colapso naquele ano.

O crash da E3 foi fruto de vários fatores externos e internos. O primeiro deles foi a crescente saturação do evento nos anos anteriores. Desde a sua criação, em 1995, a E3 era caracterizada por ser um espaço reservado para as distribuidoras e desenvolvedoras de videogames apresentarem suas novidades para o público e para imprensa especializada. Com o passar dos anos, no entanto, a E3 foi abrindo espaço para muitas outras empresas e marcas que nada tinham a ver com o universo dos jogos eletrônicos, incluindo empresas de tecnologia, mídia, softwares, entre outras, que usavam a E3 como plataforma de marketing. Com isso, o evento foi perdendo o seu foco original e a sua capacidade de surpreender o público com novidades relevantes para o mundo dos games.

O segundo fator que levou ao crash da E3 em 2018 foi a falta de organização e planejamento por parte dos organizadores. A estrutura da E3 sempre foi ponto alto do evento, com um pavilhão enorme e várias arenas destinadas aos diferentes expositores e jogos. No entanto, na edição de 2018, a estrutura da E3 deixou muito a desejar, com filas intermináveis, salas lotadas, poucas áreas de descanso e pouca infra-estrutura para atender o grande público presente. Além disso, muitas empresas simplesmente desistiram de participar do evento em cima da hora, o que gerou vácuos e problemas de organização que ficaram evidentes para todos que estiveram no evento durante aqueles dias.

Por fim, o terceiro fator que levou ao crash da E3 foi o próprio público, que não correspondeu às expectativas dos organizadores do evento. A E3 sempre foi famosa por atrair multidoes de pessoas, mas na edição de 2018, a quantidade de visitantes foi menor do que o esperado, o que gerou perdas financeiras para a receita do evento e aumentou ainda mais o clima de mal estar gerado pelas outras duas questões citadas acima.

Em resumo, o crash da E3 de 2018 foi resultado da conjunção de três fatores distintos - a saturação do evento e sua diluição como espaço exclusivo para o universo dos jogos, a falta de planejamento e organização por parte dos organizadores, e o público ausente. O resultado foi um evento desastroso que deixou marcas profundas na indústria e na reputação da E3, gerando muitas outras questões e debates dentro da indústria de jogos eletrônicos.